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Logística reversa: Prysmian e Taesa reaproveitam bobinas utilizadas no Projeto Pitiguari

Categorias: Institucional  Produtos  Projetos  ESG 

Reaproveitamento das estruturas que transportam os cabos é essencial no contexto de transição energética e descarbonização

18/09/2025 - 11:22 PM

Referência na transição energética e transformação digital, a Prysmian celebra junto à Taesa, um dos maiores grupos privados de transmissão de energia elétrica do país, a conclusão da logística reversa de 10% das bobinas utilizadas para transportar os 890 km de cabos instalados no Projeto Pitiguari.

O Projeto Pitiguari é um empreendimento referente ao lote 10 do leilão de transmissão nº01/2022, realizado em junho de 2022, 100% controlado pela Taesa. O empreendimento está localizado em Santa Catarina, com extensão aproximada de 89 km de linhas de transmissão (65 km de circuito duplo), tensão 230 kV e três subestações.

A iniciativa, inédita no setor, demonstra como parcerias estratégicas podem impulsionar soluções que vão além da execução técnica e contribuem para um futuro mais sustentável. Ao adotar a logística reversa das bobinas, as empresas não apenas reduzem impactos ambientais, mas também estabelecem um novo padrão de responsabilidade no mercado de transmissão de energia.

“A Prysmian é a primeira companhia do mercado a desenvolver um programa de logística reversa de bobinas robusto, com um controle minucioso de todas as etapas. A Taesa foi a primeira transmissora a topar essa iniciativa, o que reforça o compromisso e a disposição das companhias em ir além das suas obrigações, gerando valor por meio de inovações sustentáveis”, afirma Daniel Azevedo, diretor de negócios de PowerGrid na Prysmian. 

 

Por que a logística reversa das bobinas é tão importante?

Para atender pedidos que podem ultrapassar as dezenas de milhares de quilômetros de cabos, a maneira mais eficaz de transportar cabos em vias terrestres é enrolá-los em bobinas, grandes carreteis feitos, sobretudo, de madeira pinus.

Com uma árvore pinus com 30 metros de altura, no entanto, só é possível produzir três bobinas de 150 x 80 cm de 140 kg cada, aproveitamento que não é compatível com o frenético volume de projetos país a fora.

Esse cenário tende a ficar crítico nas próximas décadas, uma vez que a eletrificação global vai aumentar ainda mais a demanda por cabos e a falta de bobinas disponíveis pode acabar atrasando a entrega de projetos importantes.

Fabricantes de cabos hoje precisam recorrer a diferentes meios. Da concorrida compra de carreteis usados à reforma dentro da própria fábrica do que é possível recuperar, o custo é alto e a qualidade das bobinas nem sempre atinge as expectativas.

Elas também se tornaram uma dor de cabeça para os clientes, já que, uma vez instalados os cabos, o destino dessas gigantes de madeira normalmente é incerto e, não raro, acabam apodrecendo no canteiro de obras ou são jogadas no lixo comum.

A situação é igualmente difícil para os fabricantes de bobinas, pressionados a desenvolver novos carreteis em um volume cada vez maior e sem alternativas viáveis para recuperar as bobinas velhas, já que a recompra não é garantida.

Para interromper essa trajetória linear e estabelecer um ciclo de vida sustentável para as bobinas de cabos, a Prysmian integra clientes e fornecedores de bobinas em um processo que garante a destinação correta, aumenta o volume de negócios e o reuso de materiais, além de evitar o corte adicional de árvores e reduzir emissões de carbono.

Hoje, a Prysmian reutiliza bobinas usadas para transportar os cabos, o que representa um grande custo na aquisição de novos carreteis para atender a demanda dos projetos. A circularidade deste insumo chega para ajudar a empresa a balancear essa relação.

“Mais do que uma inovação operacional, o reaproveitamento de bobinas de madeira na construção de linhas de transmissão evidencia o compromisso das empresas em buscar soluções sustentáveis em cada etapa do processo de implantação. Essa prática trata-se de uma iniciativa com potencial de aplicação em todo o setor” comenta Emmanuel Moraes, gerente executivo de planejamento e engenharia da Expansão da Taesa

 

Como funciona o programa de logística reversa de bobinas?

Para garantir o retorno das bobinas à fábrica, a Prysmian partiu da premissa que um processo complexo como esse não poderia começar somente após a utilização dos cabos pelo cliente no canteiro de obras. Era preciso agir muito antes disso.

“A circularidade só é viável se o processo estiver bem amarrado desde a venda. O cliente recebe e utiliza os cabos na obra com a segurança de que todas aquelas bobinas serão coletadas”, afirma Lineu Losada Pataro, gerente de logística da Prysmian.

A empresa vai capacitar os clientes para separar bobinas já utilizadas – da Prysmian e também de outros fornecedores – conforme padrão de qualidade. Caso não estejam em condições de serem reaproveitadas, serão encaminhadas para descarte correto.

“Se estiverem dentro do padrão de qualidade, o cliente nos informa a quantidade e as dimensões desses carreteis. Com isso, a coleta é realizada, garantindo a circularidade e, portanto, o reuso deste importante material para o processo”, explica Pataro.

O diferencial é a integração: todas as etapas podem ser rastreadas pelas partes envolvidas. O tracking pode ser feito remotamente por meio de um assistente virtual chamado Alesea, desenvolvido pelo laboratório de inovação digital e hangar corporativo da companhia.

“A circularidade de bobinas agrega valor e fortalece nossas relações. Acreditamos que ela nos dá uma grande vantagem competitiva no mercado, complementando o nosso portfólio com a oferta de soluções que vão além do produto”, completa o executivo. 

Vale destacar também que o sucesso deste projeto-piloto reforça o papel fundamental da Taesa na consolidação de práticas que unem inovação, eficiência e responsabilidade socioambiental. 

Para a transmissora, o desafio vai além de entregar energia com qualidade: é preciso promover soluções que respeitem o meio ambiente e contribuam para o desenvolvimento das comunidades no entorno.

“Programas voltados à sustentabilidade operacional, ao reaproveitamento e à reciclagem de materiais são essenciais para garantir que os empreendimentos sejam implantados com respeito ao ecossistema local — tanto sob a perspectiva ambiental quanto social. Essas iniciativas permitem às partes envolvidas ampliar os processos de governança, incorporando alternativas sustentáveis que vão além das práticas convencionais. Desenvolver, inovar e reutilizar devem ser ações incorporadas sempre que possível” comenta Felipe Tabosa, engenheiro de Transmissão da Taesa 

Os resultados obtidos no Projeto Pitiguari comprovam que é possível aliar eficiência operacional e compromisso ambiental em empreendimentos de grande porte. 

A iniciativa não apenas reduziu o desperdício de recursos, mas também criou um modelo de logística reversa que pode ser replicado em outros projetos, estabelecendo um novo padrão para o setor elétrico. 

“Com o sucesso deste projeto-piloto, realizado em parceria entre Prysmian e Taesa, esperamos replicar o modelo nos demais empreendimentos em fase de implantação e consolidá-lo como prática de mercado. Essa mudança cultural no descarte de bobinas de madeira contribui para a redução das emissões de carbono e fomenta a geração de empregos por meio da expansão da cadeia produtiva” completa Tabosa. 

 

Compromisso global com a sustentabilidade

O programa de logística reversa de bobinas é apenas uma das verticais da estratégia climática da Prysmian de liderar a transição energética e a descarbonização global a partir de produto e serviços inovadores.

Conforme a última edição do relatório global de sustentabilidade da companhia, 43,1% dos receitas geradas em 2024 foram provenientes de soluções sustentáveis e o plano é chegar a 55% em 2028.

Especificamente em relação à logística reversa de bobinas, a Prysmian já é capaz de reutilizar mais da metade dos seus carreteis (53% em 2024). Em 2019, o incide global de reaproveitamento era de 46%.

Por falar em conteúdo reciclado, uma das metas da Prysmian é aumentar a proporção de conteúdo reciclado nas coberturas de polietileno (PE) e condutores de cobre utilizados nos cabos. Em 2024, a proporção foi de 16,2%.

Em relação às emissões, a Prysmian acelerou a sua estratégia climática, auditada pela Science-Based Targets initiative (SBTi). A companhia antecipou a meta de atingir o Net Zero de 2050 para 2035 e também a definiu uma nova meta: alcançar um saldo líquido positivo (Net Gain) nas emissões em todas as áreas prioritárias de operação. 

Em 2024, houve reduções significativas das emissões de gases de efeito estufa tanto no Escopo 1 e 2 (-37%) quanto nas emissões de Escopo 3 (-54%), a mais significativa para a Prysmian, ambos em relação ao ano base de 2019.